segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

DE JESUS A CRISTO, A JESUS DE NOVO
(ou, POR QUE SER ESPÍRITA É TAMBÉM SEGUIR A JESUS)

Por Douglas

“Então Jesus e os seus discípulos partiram para as aldeias de Cesareia de Filipe; e, no caminho, perguntou-lhes: quem dizem os homens que sou eu? E responderam: João Batista, outros: Elias; mas outros: algum dos profetas. Então, lhes perguntou: mas vós, quem dizeis que eu sou? Respondendo, Pedro lhe disse: tu és o Cristo. Advertiu-os Jesus de que a ninguém dissessem tal coisa a seu respeito.”
Marcos 8:27-30; Mateus 16:13-20; Lucas 9:18-21 –                           Almeida Revista e Atualizada.

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Findo um ano do Curso de “Cristianismo e Espiritismo” na Comunhão Espírita de Brasília, provavelmente a primeira coisa que um aluno ou aluna raciocinaria ao ler essas palavras seria: “será que Jesus disse isso mesmo”? Bem, a citação acima faz parte dos três Evangelhos Sinóticos e corresponde a uma tradição muito antiga... Ademais, sua leitura em um contexto que não o do Cristianismo pode ensejar considerações sóbrias: por que advertir a não espalhar isso? Qual a percepção de Jesus de Nazaré quanto ao que ele fazia e seu propósito de vida?

São indagações que historicamente podem gerar respostas das mais variadas, todas elas tão somente hipotéticas. Certeza, certeza mesmo, o pesquisador sério não atribuirá a nenhuma delas, ainda que se incline sinceramente para alguma. Mas estamos falando de um pesquisador acadêmico da área das assim chamadas ciências humanas, que possui limitações quanto aos seus instrumentos de pesquisa, limitações essas que foram surgindo com o justo interesse de se colocar balizas de segurança quanto à pesquisa séria que produz resultados seguros e passíveis de verificação e modificação, quando necessário.

Mas e o pesquisador espírita? Como deve proceder quando surgem estes desafios? Depois de um ano de curso, a esperança dos professores do CriEs – Cristianismo e Espiritismo – é de que a máxima do professor Allan Kardec em a Gênese capítulo 1 item 55 valha mais do que nunca: seguiremos junto com as ciências e os Espíritos, mas se esses disserem algo sobre um fenômeno estudado por estas ciências que elas entendam de  maneira diferente, ficaremos com as ciências, até prova em contrário por parte delas mesmas.

Alguém pode nos perguntar: isso vale para as ciências humanas, para a História, a Antropologia e a Arqueologia, por exemplo? Sim. O sim é simples e prescinde de acréscimos. Vamos agora tentar raciocinar em cima disso. Por que o professor Kardec insiste nesse ponto deste modo? Por que as ciências humanas, falhas, limitadas, em constante mutação diriam a palavra final, se há Espíritos a quem reputamos muito saber e que se encontram na dimensão privilegiada de observação, podendo mesmo nos adiantar o que será descoberto em segurança?

Primeira razão: porque aos Espíritos que já avançaram na caminhada da evolução das vidas, não é dado o direito de tirar o esforço continuado e o aprendizado pessoal e intransferível que cabe a todos nós e a eles, na mesma proporção. Cada um deve se auto-conhecer, se entender, se amar e se melhorar por si só. Podemos ser auxiliados – e efetivamente o somos mais do que imaginamos! –, podemos ser encorajados, motivados reanimados, mas nunca, jamais, poderão fazer por nós o que é nossa obrigação fazer por nós mesmos, assim como isso não foi feito por eles. Poderão eles mesmos reencarnarem e laborarem lado a lado conosco, nos ensinando e, continuando seu perpétuo aprendizado, nos ajudando a nos adiantar, mas não podem nos facilitar o caminho evolutivo que não seja pelo exemplo vivo, andando como gênios da humanidade ao nosso lado, e também pelo consolo sempre certo de onde estão, na pátria espiritual.

Segundo: porque as ciências não são revelações prontas, acabadas, na mesma proporção que o ser humano não é algo pronto, acabado. Crescendo e melhorando o ser humano em saber e nos afetos, mais ele poderá e, portanto, maior e melhor nossas ciências serão. Parafraseando com muito carinho uma frase religiosa cristã pela qual temos entranhado respeito: ‘eis o mistério da fé raciocinada e progressiva - toda vez que melhorarmos através da razão e dos afetos, mais e mais saberemos e poderemos no caminho das ciências, máxime a ciência espírita’. Até porque, “a ciência lhe foi dada para seu adiantamento em todas as coisas...” – Livro dos Espíritos, resposta parcial à pergunta 19.

Terceiro porque entendemos mais do que nunca com o professor Allan Kardec que uma vez livre da vestimenta física, os Espíritos não entram na posse do conhecimento de todos os mistérios. E em sendo assim, quando interagimos com Eles, devemos SEMPRE lembrar que estamos lidando com seres humanos como nós que tem limitações a serem vencidas, assim como nós mesmos. E que eles tem a permissão de seus Maiores para interagir conosco para que JUNTOS aprendamos, pesquisemos, estudemos, como eles o fazem com aqueles que se encontram muito à frente deles.

E, uma vez que o modo de intercâmbio de informações se dá por uma faculdade comum a eles e a nós, desencarnados e encarnados – a medianimidade –, faculdade essa que se encontra em processo de aperfeiçoamento como todos nós estamos, é natural que mais do que nunca saibamos distinguir quem é quem nesse diálogo do lado de lá, com o máximo de cuidado. O professor Allan Kardec declara que esse conhecimento “... É, de certo modo, a chave da ciência espírita, pois só ele pode explicar as anomalias que as comunicações apresentam, esclarecendo-nos sobre as desigualdades intelectuais e morais dos Espíritos” – O livro dos Espíritos, comentário parcial de Kardec à pergunta 100.

Essa prudência toda descrita nos três itens acima não foi tão bem vista assim por todos os contemporâneos espiritistas do professor que codifica a Doutrina em seu tempo. Alguns o viram como um tanto quanto centralizador, outros lamentavelmente como alguém que se recusava a aceitar as revelações impactantes que surgiam, com uma evasão impensável em um homem de saber como ele.

Entendemos que isso é um equívoco e que, ao contrário, todas as vezes que os espíritas seguiam as diretrizes exaradas pelo querido mestre lyonês, todas elas aprovadas pelos Espíritos que se notabilizaram em anos de contato com o grupo ao qual ele fazia parte e que foram testadas inúmeras vezes nestes mais de 150 anos de Doutrina Espírita Codificada, os resultados práticos foram e continuam sendo agradavelmente surpreendentes.

Um dos tópicos mais polêmicos e que ensejou duros desafios para o movimento espírita francês e brasileiro foi o referente a Jesus de Nazaré. Se hoje o rabi da Galiléia fizesse sua pergunta “quem dizem os homens que sou eu?” para os que se dizem espíritas, a resposta dentro do movimento seria claramente multifacetada:

 - Deus, para os espíritas que não estudam nunca as obras sérias da Doutrina;

 - Um agênere que nunca encarnou em corpos físicos, para os fiéis roustainistas;

 - Um médium amorável e vegetariano do Cristo Cósmico Planetário, para os ramatisistas;

 - Um espírito perfeito que encarna em um corpo híbrido de material genético alienígena e terrestre, responderiam os miramezistas;

 - Um emissário de “o Sistema”, espírito que caiu no equivocado universo físico como todos nós, mas que, após a crucificação, purificou-se de vez e retornou do seu erro para lá e, de lá, tenta nos guiar para que consigamos o mesmo, como querem nos fazer crer os ubaldistas;

E por aí vai. Depois de um ano de estudos em conjunto, vamos rever por fim algumas definições pontuais pertinentes a este tópico que se encontram na codificação do hexateuco kardequiano, as seis obras principais apresentadas pelo estimado professor quando encarnado no século XIX. Antes disso, alguém poderia dizer: mas não estaríamos então incorrendo em um outro “ismo”, nesse caso, o “kardecismo”? Por que os “Kardecistas” tem que estar certos e não Roustaing, Ramatis, Miramez, Ubaldi etc?

Antes de tudo, lembremos que Allan Kardec não tem que estar certo. O princípio que se aplica aos Espíritos desencarnados comunicantes é o mesmo a ser aplicado frente a qualquer encarnado, incluindo o estimado professor. Por isso, a fé que o motivava e que nos motiva é a fé raciocinada e progressista. Ademais, a revelação espírita, a terceira revelação, é uma revelação DOS ESPÍRITOS e não de um homem ou de um Espírito só, encarnado ou desencarnado.

Todavia, o que todos os defensores das linhas de pensamento espiritualista acima mencionados têm em comum com o espírita que se pauta na codificação é a de que, afora as diferenças e discordâncias, muito mais se tem a concordar uns com os outros EM Kardec do que sem Kardec. Expliquemo-nos: ainda que com diferenças de pensamento, todos ainda optam por ter Kardec como a referência didática comum e segura para os primeiros passos no desenvolvimento da fé raciocinada. Por isso insistem em se denominar espíritas, termo cunhado pelo professor de Lyon.

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O convite que fazemos então nesse momento é: voltemos às raízes do movimento e das manifestações dos Espíritos conforme os passos didáticos do codificador e, com base nisso, vamos comparar com o que a ciência tem trazido. E façamos isso agora no contexto da temática da pessoa de Jesus de Nazaré. O que em termos iniciais e pedagógicos os Espíritos nos revelaram sobre ele? Vejamos:

1)     O Livro dos Espíritos, pergunta 625: Jesus é apresentado como o mais perfeito guia e modelo da perfeição moral a ser aspirada na Terra. Igualmente, como o Espírito mais puro que por aqui apareceu encarnado.

2)    Em o Livro dos Médiuns, no capítulo XXXI, item IX, na observação de Kardec, poderá ser lido que o codificador se refere a Jesus de Nazaré como o “Espírito puro por excelência”.

3)    No Evangelho Segundo o Espiritismo, em sua famosa introdução, o professor se refere já no primeiro parágrafo aos cinco tópicos pertinentes ao tema “Jesus Cristo” pelos quais se podem tratar esse nome: a) os atos comuns de sua vida b) os milagres c) as predições d) as palavras que serviram para estabelecer os dogmas da Igreja e) o ensinamento moral. Em seguida, pontua que a parte moral –  também chamada de código divino – é a única inatacável, inclusive tendo-se em vista o posicionamento de ateus e materialistas que, discordando de um ou vários aspectos dela, não podem deixar de admirá-la.

4)    Ainda no Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo 1 item 4, Allan Kardec se refere à natureza excepcional de seu Espírito (i.e. de Jesus) e de sua missão divina, especificando que além de um código moral Jesus ensinou aos seres humanos que a verdadeira vida está no reino dos céus e lhes aponta o caminho para chegar lá.

5)    Em O Céu e o Inferno, no capítulo 10 item 18, Jesus é chamado de “o messias divino enviado aos homens para ensinar-lhes a verdade e mostrar-lhes o caminho da salvação”. Lembrando a todos que a palavra messias vem do hebraico mashíach, ungido. E lembrando igualmente que no antigo Israel, quando alguém possuía um comissionamento sagrado, essa pessoa era ungida com um óleo perfumado especial, fosse para ser rei, fosse para ser sacerdote, fosse para ser um profeta.  

6)    Em A Gênese, a exposição final de Kardec sobre temas espíritas trazida à luz antes de sua morte, Jesus de Nazaré é descrito do seguinte modo no capítulo xv item 2:
“Sem nada prejulgar sobre a natureza do Cristo, cujo exame não entra no quadro desta obra, e não o considerando, por hipótese, senão como um Espírito superior, não podemos deixar de reconhecê-lo como sendo um dos Espíritos de ordem mais elevada e, por suas virtudes, colocado muitíssimo acima da Humanidade terrestre. Pelos imensos resultados que produziu, a sua encarnação neste mundo forçosamente há de ter sido uma dessas missões que a Divindade somente confia a seus mensageiros diretos, para cumprimento de seus desígnios.  Mesmo sem supor que ele fosse o próprio Deus, mas um enviado de Deus para transmitir sua palavra aos homens, seria mais do que um profeta, porquanto seria um Messias divino.

“Como homem, tinha a organização dos seres carnais, mas como Espírito puro, desprendido da matéria, havia de viver mais da vida espiritual, do que da vida corpórea, de cujas fraquezas não era passível. A superioridade de Jesus com relação aos homens não resultava das qualidades particulares do seu corpo, mas das do seu Espírito, que dominava a matéria de modo absoluto, e da do seu perispírito, haurido da parte mais quintessenciada dos fluidos terrestres. (Cap. XIV, item 9.) Sua alma não devia achar-se presa ao corpo senão pelos laços estritamente indispensáveis. Constantemente desprendida, ela decerto lhe dava dupla vista, não só permanente, como de excepcional penetração e muito superior à que comumente possuem os homens comuns. O mesmo havia de dar-se nele com relação a todos os fenômenos que dependem dos fluidos perispiríticos ou psíquicos. A qualidade desses fluidos lhe conferia imensa força magnética, secundada pelo desejo incessante de fazer o bem.

“Agiria como médium nas curas que operava? Poder-se-á considerá-lo poderoso médium curador? Não, visto que o médium é um intermediário, um instrumento de que se servem os Espíritos desencarnados. Ora, o Cristo não precisava de assistência, pois que era Ele quem assistia os outros. Agia por si mesmo, em virtude do seu poder pessoal, como, em certos casos, o podem fazer os encarnados, na medida de suas forças. Que Espírito, aliás, ousaria insuflar-lhe seus próprios pensamentos e encarregá-lo de o transmitir? Se porventura ele recebia algum influxo estranho, esse só de Deus lhe poderia vir. Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus”.  

Agora paremos para considerar esses pontos frente aos argumentos espiritualistas apresentados antes. Salvo o excerto preciosíssimo de A Gênese, que contradiz frontalmente as premissas roustainistas, pode-se francamente questionar as ilações morais do ensino de Jesus de Nazaré conforme expostas por Allan Kardec? Certamente que não. E com todas elas são concordes todos os grupos que apresentaram, junto ao movimento espírita, seus conceitos diferenciados da codificação quanto a tudo o mais que se referia à vida do rabi da Galiléia.

Ora, se a explanação do professor de Lyon é boa para este ponto, não deveria ao menos ser vista com olhos respeitosos nos outros? Os que se diferenciaram o fizeram sempre pisando inicialmente no terreno seguro das considerações daquele a quem Camille Flammarion chamou de “a prudência personificada”. Mas existe algo a mais nesse comenos.

Quando confrontamos o Jesus Histórico com o Jesus de Nazaré enxergado por Kardec e descrito pelos Espíritos que dialogaram com ele, a genialidade Kardequiana se torna mais patente ainda! De tudo que se escreveu em mais de cem anos de pesquisa históricas sobre o mais famoso judeu da história da humanidade, a parte que salta aos olhos permanecendo incólume é sua moral superior ao tempo em que viveu. Moral tão elevada que fez e faz com que líderes de praticamente todas as grandes religiões, inclusive o Judaísmo, vejam nesse ser humano extraordinário que por aqui passou um irmão amigo dos ideais mais elevados.

Efetivamente, ao compulsar as obras de pesquisadores notadamente agnósticos ou mesmo ateus, tais como John Dominic Crossan, Geza Vermes, Bart Ehrman, Karen Armstrong, Marcus Borg, David Flusser e dezenas de outros, considerados gigantes dessas pesquisas pelas décadas e mais décadas de estudos que efetivaram sobre esse tópico, permanece a intuição genial de Allan Kardec, nascida de sua experiência nos anos de estudos no Instituto de seu mestre Henri Pestalozzi, confirmada pelos Espíritos reveladores da assim chamada terceira revelação e que reverbera notavelmente no imo de nossos corações.

E mais. Diferentemente da complexa estrutura teológica dos cristianismos, sejam eles católico-protestantes, gnósticos ou mesmo judaicizantes, cuja gênese constitutiva é rastreável facilmente no processo histórico de cerca de dois mil anos, com o emaranhado de interesses sinceros ou não que estiveram por trás de seu surgimento, o Espiritismo em sua apresentação de Jesus como Espírito que age nesse planeta sob ordem divina destoa de todos eles.

De fato, o Espiritismo não é uma reedição do catolicismo-protestantismo, e nem do judaísmo cristão dos primeiros séculos da Era Comum, bem como não o é de nenhuma das formas de gnosticismos redescobertos no século passado, tão fascinantes aos olhos de muitos. Nem mesmo é uma colcha de retalhos de todos eles. A Doutrina dos Espíritos tem consistência própria em seus postulados, que se na essência se liga à Filosofia Perene de todos os séculos, como o enxergou o filósofo espírita Léon Denis, é ao mesmo tempo um corpo de informações sólido que se exprime em termos particulares, novos, explicando antigos e novos fatos que se repetem por todas as eras dentro de uma genealogia do saber cultural que começa no Judaísmo, passa pelos ensinos de Jesus e a comunidade Jesuana que com ele conviveu e se corporifica como uma síntese do saber no século XIX.

E assim o faz porque se antes a humanidade dissociou a ciência, a filosofia e a religião, agora ela está apta para reintegrá-los, respeitando suas áreas de produção de conhecimento como áreas integráveis e coordenáveis, mas não mais fundindo elas como se fossem uma coisa só.

Por fim, suas premissas básicas simplesmente estão fora da alçada da pesquisa acadêmica tradicional enquanto esta não reconhecer o objeto de estudo dessa doutrina: o mundo espiritual e suas manifestações. Igualmente enquanto não reconhecer que este objeto de estudo demanda instrumental analítico de pesquisas e testes próprios, como qualquer disciplina nova do saber o requer. Também enquanto não reconhecer as conseqüências racionais e os significados filosóficos em todos os campos da vida humana dessa disciplina de estudo e pesquisa. E, mais importante ainda, enquanto não lhe reconhecer seus justos valores, de cunho espiritual, capazes de nortear a humanidade a novos páramos. Sendo assim, estão essas premissas fora de sua investigação, não podendo ser refutadas ou endossadas.

E quais são essas premissas básicas? É o professor Kardec quem as expõe de modo didático, conforme pode ser lido nos 29 postulados espíritas básicos descritos pelo mestre de Lyon na “Profissão de Fé Espírita Raciocinada”, encontrada na parte primeira de suas “Obras Póstumas”. Agora, o mais fascinante de tudo é: dificilmente, assim o entendemos, os roustainistas, ramatisistas ou ubaldistas se poriam contra eles. Se o leitor ou a leitora tiver alguma dúvida, cheque-os e veja por si mesmo(a).

Ficam assim essas reflexões conclusivas de um curso em constante aperfeiçoamento, mas cujo corpo de professores, depois da desconstrução de muitas estruturas teológicas herdadas dessa e de outras vidas, emergiram do torvelinho com a reafirmação de sua fé espírita raciocinada como inteiramente compatível com a mensagem da boa nova do Reino do Pai, conforme apregoada pelo rabi de Nazaré.

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Como ele encarnado, podemos dizer: “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:34-40; Marcos 12:28-31; Lucas 10:25-28). Como ele, agora na pátria espiritual, podemos dizer: “espíritas, amai-vos, eis o primeiro mandamento. Instruí-vos, eis o segundo” (Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo VI item 5, quarto parágrafo). Mas perdura a pergunta de Jesus ao coração de cada um de vocês, para que respondam e ele em sua sinceridade: “mas vós, quem dizeis que eu sou?”

NOTAS:


Um comentário:

  1. Como é bom ler algo inteligente e bem pautado. Amigo Douglas, muito obrigado!
    Jack, aluno.

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